Lei Que Proibe a Distribuição de Sacolas Plásticas Rende Polêmica

Assim como em muitos estados, aqui em Joinville a polêmica volta a girar em torno da proibição da distribuição das sacolas plásticas. De fato precisamos pensar em nosso meio ambiente, mas tal medida não tem agradado muito os comerciantes e sobretudo a população.
Sabemos que na Europa as sacolas já não são mais utilizadas, mas será que aqui daria certo ?? A grande polêmica em torno do tema em São Paulo, nos faz refletir sobre o real impacto com a probição das sacolinhas. Será que iremos diminuir o volume de lixo não biodegradável nos lixões ?? Será que ao invés das pessoas usarem as sacolinhas " grátis ", não irão substituir pelos sacos de lixo comprados ??
Aqui no Blog do Petri já havia feito o alerta sobre a lei ( http://emerson-petri.blogspot.com.br/2012/08/lei-que-proibe-distribuicao-de-sacolas.html ).
Ao meu ver, não estamos mudando em nada, já que tão cedo as sacolas plásticas não serão abolidas da vivência das pessoas, apenas teremos que comprar sacos de lixo, e não mais ganhar nos supermercados. Como ficaria também nas verdureiras com os sacos de plástico para armazenar as frutas e verduras, será que também seriam extintas ??
Já que é para o benefício do nosso meio ambiente, então porque não
proibir também as embalagens pet de água e refrigerantes ?? Só pra se ter uma idéia, as garrafas pet demoram até 400 anos para se decompor, enquanto as sacolas plásticas demoram até 100 anos para se decompor. Deveria ser criada uma lei na qual também fosse proibido o envase de líquidos em embalagens pet, permitindo apenas em vidro e alumínio ( que por sinal também são recicláveis ).
De nada adianta proibirmos as sacolinhas, sendo que ela pode ser criativamente reutilizada, se não encararmos de frente a questão do lixo reciclável. Os nosso índices de coleta seletiva são muito pequenos, e nada avançará enquanto não se criem mecanismos e políticas públicas para a reciclagem do lixo. Isso traria de fato um beneficio enorme ao nosso meio ambiente, e não proibindo a sacolinha. O foco deveria ser outro, conscientizando as pessoas sobre a importância da separação do lixo e a ampliação da coleta seletiva do lixo.
Vale lembrar que no Brasil são produzidas cerca de 240 mil toneladas de lixo por dia. De todo esse lixo, apenas 2% é reciclado, e o restante vai para aterros sanitários. A fermentação do lixo no solo gera dois produtos o chorume e o gás metano que é altamente poluente. Em países desenvolvidos, o percentual de lixo reciclável atinge cerca de 40%.
Além disso, um grande ponto na qual os empresários questionam é o fato de existirem prazos diferenciados para empresas de grande, médio e pequeno porte. Sendo assim, a maioria dos supermercados teria que seguir a nova regra já a partir dessa sexta-feira, enquanto alguns poucos teriam até 2 anos para se adequar a medida, o que de acordo com eles seria injusto.
Existem na Câmara de Vereadores 3 projetos de lei que propõem mudanças na lei, como a prorrogação do prazo para adequação dos estabelecimentos por exemplo, porém só deverão ser discutidos na semana que vem.
O que podemos perceber é que a lei não é clara, e mais uma vez quem vai pagar o pato é o consumidor, que não terá outra alternativa, a não ser comprar uma sacola permanente caso tenha esquecido de levar sua bolsa de casa. Nós carecemos de políticas sérias para a reciclagem do lixo, tendo em vista que como a reciclagem é mais cara, a maioria dos governantes se esquecem do meio ambiente e deixam de investir na coleta seletiva, já que é mais fácil e barato usar os lixões. E você o que acha sobre o tema ?? Opine e vote em nossa enquete logo ao lado ...