Artigo de Opinião: Demagogia ao Extremo nas Eleições Municipais 2012

Nunca se ouviu falar tanto nessa palavra quanto nessas eleições municipais. Primeiramente, antes de começar o texto, vamos a definição da palavra demagogia: É a condução do povo a uma falsa situação, que tem por origem grega, que significa " a arte de conduzir o povo ". Eles eram os que se destacavam na atividade política, mostrando ser hábeis em consquistar o apoio da maioria para suas idéias, sem qualquer noção de viabilidade para concretizar tais idéias. Usavam técnicas de argumentação política, utilizando -se da semiótica para fugir à racionalização e à análise precisa de um determinado tema ou problema social. Muitas vezes, a argumentação política vinham de encontro às paixões populares, promentendo algo irrealizável. Foi daí, que surgiu o termo Demagogia.
Dito isto, vamos voltar as eleições 2012. Como disse, o termo foi muito empregado em vários municípios. Um dos exemplos mais clássicos, foi o de Celso Russomano na prefeitura de São Paulo. O candidato com um belo discurso, figurava-se sempre na liderança das pesquisas, porém com o seu discurso fantasioso, abriu lugar para a ascenção do apadrinhado de Lula, Fernando Haddad. Aqui na cidade, também temos um grandes exemplos de políticos que usaram de tal ferramenta. O vereador reeleito Maurício Peixer disse que era contra o aumento do número de vereadores, depois de uma intensa pressão popular contrária ao projeto, mas havia declarado antes que era favorável ao aumento. Nessa mesma linha, o vereador também reeleito Odir Nunes, utilizou-se da mesma fala, e disse que foi contrário " desde o início " a proposta, sendo que ele foi o último a se manifestar, depois que a opinião pública, imprensa e maçonaria se manifestar contrária ao projeto.
Mas além dos nossos vereadores, também sobrou para o candidato a prefeitura de Joinville, Kennedy Nunes. Com um discurso fácil, uma boa oratória, foi taxado por alguns candidatos como o " Novo Collor ", ou o " Collor Joinvilense ", fazendo alusão justamente ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que no ano de 1989 foi alvo de um impeachment após escândalos em sua gestão e o congelamento das cadernetas de poupança de todos os brasileiros. Essa marca, fez com que as pessoas se arrependessem de ter trocado Lula, na época radicalista, sem um discurso muito bonito, por um candidato bem vestido, com fala segura e uma boa oratória.
Kennedy recebeu ataques por apresentar propostas que segundo os seus concorrentes são mirabolantes, fantasiosas e inexecutáveis. Como se viu, nem Udo Dohler quanto Kennedy Nunes atacaram os concorrentes e seguiram para o 2º turno. Agora vejo além de Kennedy, mais um com o rótulo demagogo nas redes sociais, o candidato peemidebista Udo Dohler.
Udo disse que não iria atacar, agredir como faziam os outros candidatos, iria apenas discutir o Plano 15, e mostrar soluções viáveis para nossa cidade. No entanto, pelo que estamos vendo no horário eleitoral do apadrinhado do Senador Luiz Henrique da Silveira, é uma infinidade de ataques a Kennedy Nunes. Além disso, algo que ele tanto condenou que foi a veiculação de um jornal de um candidato a vereador ( Mano - PR ) na qual era usado apenas para atacar Udo, ele faz uso da mesma tática, e distribuiu um jornal na qual não fala de propostas, mas faz acusações graves ao candidato adversário. Não bastava isso ele ainda criticou as alianças do seu rival, dizendo que estavam loteando os cargos e encheriam a prefeitura de cabides de emprego, e no entanto forçadamente, na base da intervenção ele consegue apoio de mais algumas siglas, algo que ele falou que era fisiologismo político.
Agora, mais uma vez, ele aparece no destaque. No início da manhã de hoje ele convoca a imprensa e diz que vai fazer uma declaração bombástica. Com toda a espectativa da imprensa para saber o que era, Udo Dohler disse que se caso fosse eleito, abdicaria do seu salário, que é algo em torno de R$ 20.500,00. Isso me soa um pouco populista e demagógico, tendo em vista que é vespera das eleições e ele ainda está abaixo do rival Kennedy Nunes. Além de se contradizer em aderir as baixariais eleitorais, ainda usa um discurso demagógico na sua última cartada final para abocanhar alguns votos.
Minha dúvida, é porque que Udo Dohler não falou isso antes ?? Porque ele se rendeu aos ataques, sendo que ele disse que só iria discutir propostas ?? Porque ele usou um jonal distribuído em todas as casas, para fazer críticas ao rival, sendo que ele mesmo já foi vítima disso no 1º turno e reprovou tal atitude ?? Porque ele sendo filiado ao PMDB que pertence a base do governador de SC Raimundo Colombo, não se habilitou a ser voluntáriamente o Hospital Regional Hans Dieter Scmidt que é gerido pelo Estado ?? Porque ele não assumiu a Secretaria Estadual da Saúde, que atualmente está o seu companheiro de partido Dalmo Claro, uma vez que o cargo ele é de indicação, e a pasta pertence ao PMDB de Udo Dohler ?? É são muitos questionamentos, e pelo que nos parece, a demagogia esse ano é extrema ...