" Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma
montanha " ( Confúcio )

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Vereador de Ponte Alta é Preso por Suspeita de Participação em Furtos de Gado


Um vereador eleito em Ponte Alta, município da Serra Catarinense com aproximadamente 5.000 habitantes a 45Km de Lages, foi preso por suspeita de participação em furtos de gado em fazendas da região, nesta quarta feira ( 26/12 ). Cleber Miranda de Souza ( PP ), de 36 anos, foi um dos 9 vereadores de Ponte Alta eleitos este ano e diplomados no último dia 18. Ele estava preso no Presídio Regional de Lages junto com o seu pai e com outro homem envolvido no esquema, porém após o pagamento da fiança foi solto ontem.
O delegado Fabiano Henrique Schmitt conta que o caso chegou ao conhecimento da Polícia Civil após o furto de 15 animais, no início deste mês, no interior de Ponte Alta. As investigações apontaram para o suposto envolvimento de Cleber e do pai dele, ambos proprietários de açougues e de
um terceiro homem, morador de Otacílio Costa, com diversas passagens pela polícia, foi encontrado um revólver calibre 38, e como não tinha a permissão para usá-la, ele foi preso por porte ilegal de arma.
A polícia constatou que após a verificação dos animais, foram encontrados brincos de identificação de alguns dos animais furtados, e a Justiça expediu mandados de busca e apreensão no local onde funcionava o açougue na qual o vereador é proprietário. Dos animais roubados, 7 foram recuperados, e os demais provavelmente foram abatidos para comercialização da carne nos açougues de Cleber ( no município de Ponte Alta ) e do seu pai ( no município de Correia Pinto ).
Eles foram presos em flagrante por crime contra as relações de consumo ( artigo 7º da lei 8.137, de 27/12/1990 ), pelo fato de a carne apreendida nos açougues ( num total de 800 quilos ) não ter registro de procedência, carimbo de inspeção e sequer estar acondicionada de maneira adequada. Os 2 açougues foram temporariamente interditados. Além dos crimes pelos quais foram presos em flagrante, os envolvidos serão processados por furto de gado, também conhecido como abigeato, que prevê pena de 2 a 8 anos de cadeia.
Eles admitiram que compraram a carne apreendida diretamente de produtores da região, por isso o fato da ausência do registro de procedência e do carimbo de inspeção. Referente ao acondicionamento errado, eles justificaram ter sido em função de uma queda de energia que deixou a região sem luz por 4 horas, o que provocou a deterioração da carne justamente quando ocorreu a operação deflagrada pela Polícia Civil e Vigilância Sanitária. Ele se diz vítima, alega ser inocente e reafirmou que assume normalmente a função legislativa.
Isso não é nada bom para um mandato do vereador da pequena cidade catarinense .. Creio que a bomba terá reflexos grandes, até porque será muito difícil esse fato não ser explorado pelos seus adversários políticos ... #CadeiaNeles!

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