Como exigia o prazo dado pelo juiz Gustavo Marcos de Farias, da 5ª Vara Cível, a
Busscar enviou na segunda-feira à Justiça a prestação de contas sobre as
irregularidades apontadas pelo administrador judicial, Rainoldo Uessler, na
semana passada.
A proposta que o Uessler entendeu como ilegal previa a conversão do crédito
faltante dos trabalhadores em ações da Busscar a partir do 12º mês, com prazo de
pagamento de 30 meses, agindo de forma contrária ao que define a Lei 11.101/2005, que trata sobre recuperações judiciais e falências.
A proposta apresentada pela Busscar, novamente não agrada aos trabalhadores pois além de não dar segurança, ainda volta com a história do pagamento das dívidas através das tais ações, que são questionadas pelo sindicato e pelos trabalhadores.
Para os trabalhadores, a solução mais eficaz para esse impasse seria a venda da Busscar, porém o plano remete em vagas possibilidades, referindo-se a venda da companhia em suposições, hipóteses, sem dar nenhuma segurança ou algo de concreto aos trabalhadores.
Para piorar a situação, em menos de uma semana para a nova assembléia, uma entrevista cedida ao jornal ANotícia, o presidente da empresa Claudio Nielson reconheceu a dificuldade em chegar em um acordo, e disse que " por enquanto " as ações não teriam nenhum valor de mercado. Nielson criticou o antigo juiz do caso, Maurício Cavallazzi Povoas, por não alertar sobre
a necessidade de adequar o texto à Lei de Recuperação Judicial e Falências. Disse que a Busscar estaria disposta a mudar a proposta se necessário, e se mostrou confiante em dizer que a empresa poderia se reerguer com a venda de um terreno que pertence a empresa no bairro Itinga, que vale em torno de 7 Milhões de reais, para abrir o capital de giro da encarroçadora.
Sobre as ações, ele reitera que elas ainda não valem nada, pois a empresa precisa voltar a ter valor de mercado. Disse que o trabalhador
deverá analisar o desempenho da Busscar e, se julgar ser um negócio lucrativo,
ter paciência para que as ações valorizem no mercado. Quem não quiser aguardar
as movimentações para identificar a possível recuperação da empresa e a
valorização dos títulos, terá entre os 12º e 24º meses para vendê-las, abrindo uma chance para que mais trabalhadores sejam ludibriados com a esperança de " Super valorização " das ações, ele abre uma possibilidade para que os trabalhadores novamente recebam o lhe é de direito em um prazo maior do que determia a lei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário