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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Pagamento da Dívida Trabalhista da Busscar Será em 12 Meses, Mas as Ações Não Tem Valor

Como exigia o prazo dado pelo juiz Gustavo Marcos de Farias, da 5ª Vara Cível, a Busscar enviou na segunda-feira à Justiça a prestação de contas sobre as irregularidades apontadas pelo administrador judicial, Rainoldo Uessler, na semana passada.
A proposta que o Uessler entendeu como ilegal previa a conversão do crédito faltante dos trabalhadores em ações da Busscar a partir do 12º mês, com prazo de pagamento de 30 meses, agindo de forma contrária ao que define a Lei 11.101/2005, que trata sobre recuperações judiciais e falências.
A proposta apresentada pela Busscar, novamente não agrada aos trabalhadores pois além de não dar segurança, ainda volta com a história do pagamento das dívidas através das tais ações, que são questionadas pelo sindicato e pelos trabalhadores.
Para os trabalhadores, a solução mais eficaz para esse impasse seria a venda da Busscar, porém o plano remete em vagas possibilidades, referindo-se a venda da companhia em suposições, hipóteses, sem dar nenhuma segurança ou algo de concreto aos trabalhadores.
Para piorar a situação, em menos de uma semana para a nova assembléia, uma entrevista cedida ao jornal ANotícia, o presidente da empresa Claudio Nielson reconheceu a dificuldade em chegar em um acordo, e disse que " por enquanto " as ações não teriam nenhum valor de mercado. Nielson criticou o antigo juiz do caso, Maurício Cavallazzi Povoas, por não alertar sobre a necessidade de adequar o texto à Lei de Recuperação Judicial e Falências. Disse que a Busscar estaria disposta a mudar a proposta se necessário, e se mostrou confiante em dizer que a empresa poderia se reerguer com a venda de um terreno que pertence a empresa no bairro Itinga, que vale em torno de 7 Milhões de reais, para abrir o capital de giro da encarroçadora.
Sobre as ações, ele reitera que elas ainda não valem nada, pois a empresa precisa voltar a ter valor de mercado. Disse que o trabalhador deverá analisar o desempenho da Busscar e, se julgar ser um negócio lucrativo, ter paciência para que as ações valorizem no mercado. Quem não quiser aguardar as movimentações para identificar a possível recuperação da empresa e a valorização dos títulos, terá entre os 12º e 24º meses para vendê-las, abrindo uma chance para que mais trabalhadores sejam ludibriados com a esperança de " Super valorização " das ações, ele abre uma possibilidade para que os trabalhadores novamente recebam o lhe é de direito em um prazo maior do que determia a lei.

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