Foi decidido em assembléia geral esta noite, o fim da greve dos trabalhadores de transporte de valores que já durava quase 2 semanas. Os trabalhadores da Brinks, Prosegur e Protege decidiram encerrar a greve e garantem que até sábado todos os
caixas eletrônicos estarão reabastecidos, e a situação estará normalizada. De acordo com o sindicato que representa a categoria ( Sintravasc ) o movimento foi vitorioso, pois os trabalhadores conseguiram
ganhos que nem imaginavam que poderiam obter. A justiça determinou o adicional de 20% aos tesoureiros e chefes
de equipe por quebra de caixa, pois lidam
diretamente com dinheiro. Além disso, a Justiça do Trabalho determinou o reajuste de 4,88% ( sobre o salário, auxílio alimentação e piso salarial ) no julgamento do dissídio
coletivo dos transportadores de valores, realizado hoje a tarde, que reuniu 8 desembargadores do Tribunal do Trabalho, sendo confirmada a legalidade da greve, que já havia sido declarada pela relatora Viviane Colucci. O valor dado de reajuste é correspondente a variação do Índice de Nacional de Preços aos Consumidor ( INPC ) e que será
aplicado também ao valor do vale-alimentação.
O Tribunal Regional do Trabalho
também ordenou o pagamento dos dias parados ao confirmar que o movimento é
legal, além da aplicação de uma multa de R$ 4.000,00 ao
sindicato das empresas de transporte de valores por litigância de má-fé, pois os empresários tentaram induzir o judiciário ao erro.
Os trabalhadores
das empresas Prosegur, Brinks e Protege reivindicavam o reajuste
salarial de 14,88% ( Equivalente ao INPC do período mais o aumento real de 10%
), o retorno do vale-alimentação no período de férias, o reajuste do valor de
vale refeição de R$ 15,90 para R$ 18,00, plano de saúde integral, aumento de
gratificação para o chefe de equipe e 5% de reajuste para os motoristas. Foram 11 dias de greve, e em torno de 1500 funcionários de braços cruzados.
Outra grande conquista dos trabalhadores, foi a inclusão dos funcionários da escolta armada na convenção coletiva, que passam a ter remuneração equivalente ao piso dos motoristas que conduzem os carros-fortes, e também passam a ser indenizados por risco de vida. Além disso, foi determinado com relação ao convênio médico, a manutenção dos termos da convenção firmada no ano passado, e sendo assim, os trabalhadores deverão arcar com 50% e as empresas com outros 50% dos custos do convênio.
O Sintravasc disse que os empresários demonstraram falta de vontade para negociar com os trabalhadores, sendo inflexiveis e irredutíveis diante das várias tentativas de conciliação, inclusive no TRT. Segundo os sindicalistas, os trabalhadores prometem retornar a greve caso os
empresários descumprirem qualquer determinação do Tribunal, principalmente se houver desconto dos dias parados.
Mais uma vez, os trabalhadores foram vitoriosos, e enfim a justiça foi feita. Porque as empresas que obtinham tanto lucro, não queriam pagar um reajuste digno para os seus funcionários ?? Porque não motivar e valorizar os funcionários que tanto se arriscam todos os dias ??? O mais interessante, é que foi necessário a justiça determinar o dissídio coletivo, pois as empresas sequer davam o braço a torcer, em busca de uma proposta que fosse amigável e justa para ambas as partes ... Mas de qualquer modo, parabéns aos trabalhadores, e ainda bem que a justiça foi feita ...
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