" Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma
montanha " ( Confúcio )

terça-feira, 22 de maio de 2012

Suspensa a Assembléia da Busscar Que Definiria Falência ou a Recuperação da Empresa

O Juiz juiz Maurício Povoas suspendeu pelo prazo máximo de 60 dias, a assembléia da Busscar que iria definir os planos de recuperação da empresa joinvilense. Estava na mão dos trabalhadores, credores e juízes a decisão pela falência ou manter viva a empresa. A Busscar irá pedir para o Juiz, um prazo máximo de 15 dias para o término das novas rodadas de negociações entre a empresa e os credores.
Foram apresentadas novas propostas para reerguer a empresa, dentre elas um grupo Chinês (Shandong Heavy Machinery Group) interessado em investir na Busscar e a compra do ativo operacional, o que deram mais chances a uma solução mais favorável a recuperação da empresa, porém muito criticada pela maioria dos presentes. Um documento apresentado pelo
representante do Grupo Chinês ( Dr.Fernando Buffa ) assinado pelo governo do Estado comprovaria o interesse deles no investimento na Busscar. O grupo Chinês disse que a recuperação da Busscar exigiria 140 milhões de reais, porém para isso exigiriam a suspensão da assembleia por um prazo de 60 dias para novas negociações, e pelo visto, foi isso que aconteceu ...
Um advogado falou na tribuna que a venda da empresa, não poderia dar certeza no pagamento de todas as despesas trabalhistas como Multas rescisórias, FGTS, e etc ... Representantes da empresa e ex-sócios alegaram que a falência, manchariam o nome da cidade, que tem tradição pela mão de obra qualificada e poderia beneficiar um possível monopólio da Jointventure CAIO/INDUSCAR.
Os trabalhadores não concordam com o plano de recuperação judicial, pois não é dado quaisquer garantias sobre dívidas trabalhistas, além de não receberem salário há 25 meses, ainda querem pagar os atrasados só daqui a 6 meses e até em 36 vezes ... O sindicato informa que não torce para a falência da empresa, pelo contrário, ela quer apenas que o direito dos trabalhadores sejam respeitados, e são contrários a venda dos Atvos da empresa ( Imóveis, Tecnofibras e etc. ), pois eles são a única garantia de pagamento da dívida da Busscar com os seus trabalhadores.
Foi armado um verdadeiro esquema de segurança durante a assembléia, que contou com 25 policiais, sendo deles 4 táticos. Problemas com o sistema de votação e no credenciamento impediram que as deliberações pudessem ser iniciadas no horário previsto, o que gerou bastante alvoroço dos trabalhadores que aguardavam pelo início da assembléia, e quando foi anunciada o encerramento da assembléia, sobraram descontentamentos e chingamentos dos trabalhadores ao Juiz, aos advogados e até para o presidente do Sindicato que representa a categoria, os ânimos estavam quentes na saída, e o juiz Maurício Povoas a passos largos, assustado, saiu do Centreventos.
A credora Novelis do Brasil apresentou a sua objeção ao plano de recuperação proposto, dizendo: “Este plano é um grande retrocesso. Desconto de 70% de nossos créditos é imoral. Queremos receber tudo, com juros e correção integral, mesmo que parceladamente”. As outras empresas credoras só não puderam dizer ser também contrárias ao projeto devido a suspensão da assembléia. A Busscar deve em torno de R$ 1,3 bilhão (incluindo dívidas tributárias) e está em crise financeira desde 2008.
Depois de tanto tempo foi muita espectativa, porém até o momento nenhuma decisão sobre o futuro da Fabricante de Carrocerias joinvilense ..
Agora é esperar para ver o que vai acontecer ... Seria justo os trabalhadores esperar mais 2 meses para ver a esperança de receber os salários atrasados de mais de 2 anos ??? Quem é o culpado pela crise na empresa, os trabalhadores ou os gestores da Busscar ??? Tenho certeza que se a empresa beira a falência, não é por culpa dos trabalhadores ... A Classe trabalhadora de Joinville não pode continuar sendo vítima dos grandes empresários .. Essa crise financeira da Busscar só demonstra a total falta de gestão na administração da empresa. O que não é justo, é os trabalhadores estarem mais de 2 anos sem receber os seus salários ... Agora querem reerguer a empresa, mas não chegam a um consenso, pois nem os trabalhadores e nem os credores querem perder o que lhe é seu de direito ... Isso é uma falta de respeito com todos que colaboraram para a empresa chegar a ser destaque em nível mundial ... Somos contra o plano de recuperação imposto pela empresa e não concordamos com a venda dos ativos da empresa, pois é o nossa única segurança de receber as indenizações trabalhistas da Busscar ...

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