" Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma
montanha " ( Confúcio )

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Greve no Transporte Coletivo de Florianópolis Ganha Destaque Nacional


Pátio Cheio de Ônibus Parados
A greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Florianópolis, ganhou um grande destaque no cenário nacional, devido a completar o segundo dia de paralização.
Em assembleia feita na noite de domingo os trabalhadores do transporte público da Grande Florianópolis tomaram a decisão de paralisar as atividades a partir da 0h de segunda-feira. A paralisação da categoria por sua vez trouxe sérios problemas no trânsito já conturbado da Capital. Na quinta-feira, em três assembleias, a categoria já havia decidido pela realização da greve.
Em torno de 2 mil trabalhadores participaram de uma reunião que definiu os rumos da greve, já que as empresas propuseram um ganho real de 2% nos salários, mas os trabalhadores pediam um aumento salarial com base no INPC e mais 5% de reajuste. As empresas também ofereceram um reajuste no valor do vale-refeição, passando de R$ 380,00 para R$ 410,00
Porém,
apesar do pequeno aumento proposto nos salários e no vele refeição, nada foi definido sobre a redução da carga horária que passava de 6h40min para 6h laboradas sem a redução salarial.
Segundo as empresas, a diminuição da carga horária seria inviável, já que desta forma exigiria a contratação de mais funcionários, e as empresas não podem arcar com o custo, que teria impacto direto no valor da passagem, e a prefeitura municipal já sinalizou que não vai mais autorizar aumento de tarifa.
Com esse caos no trânsito da capital catarinense, os transportes irregulares como Vans, Peruas, foram bem utilizadas pela população, mesmo as pessoas sabendo dos riscos do transporte, que além de perigoso é ilegal. Em pouco tempo, filas quilométricas surgiram na cidade, e não teve jeito, a paciência teve que estar presente. Para chegar no trabalho foi pessoal pedindo carona, indo de moto, bicicleta e até a pé, para cumprir a jornada de trabalho.
A prefeitura questinou a categoria, pois não estava sendo cumprida o serviço mínimo de transporte, como determina a lei federal 7.783. Segundo a lei, o transporte coletivo é considerado um serviço essencial e por isso os grevistas deveriam manter uma frota mínima que atenda às necessidades básicas da população.
O Ministério Público do Trabalho solicitou ao Tribunal Regional do Trabalho que a frota mínima fosse de 100% nos horários de pico, e a categoria afirmou que estaria disposta a operar em 100%, desde que não houvesse a cobrança da tarifa aos passageiros. O TRT organizou uma audiência de conciliação entre as partes, e foi apresentada uma nova proposta: a redução de 25% da carga horária, passando de 6h40min para 6h30min e mais 25% em maio do ano que vem, passando para 6h20min; o reajuste do INPC de forma  integral; o aumento no valor do vale refeição para R$ 410,00 que já havia sido apresentado antes, e o pagamento das horas trabalhadas e dos dias parados. O TRT também determinou o funcionamento de 100% dos ônibus no horário de pico e 50% no horário do almoço, e em caso de descumprimento, será aplicada uma multa no valor de 100 mil reais.
Teve várias reclamações dos passageiros devido a cobrança exagerada nos preços dos transportes alternativos que a prefeitura implementou. Vale lembrar que a greve é um direito do trabalhador, desde que sejam atendidos requisitos básicos.
O fato foi muito comentado também nas redes sociais, e até surgiram grupos de carona, como aconteceu no Facebook. Tudo indica que essa história vai ter ainda muitos capítulos ... E como sempre, o povo é que paga a conta ...

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