" Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma
montanha " ( Confúcio )

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Governo Federal Confirma Mudanças em Rendimentos das Poupanças


Como já havia sido anunciado aqui no blog, o governo federal anunciou cortes no rendimento das cadernetas de poupança do país.
Agora, os novos depósitos terão uma remuneração menor de 70% da Selic, mais TR ( Taxa Referencial ). O governo argumenta que a medida é necessária para que o Banco Central continue reduzindo a Selic.
Atualmente, os juros básicos da economia, definidos a cada 45 dias pelo Banco Central, estão em 9% ao ano, próximo do piso histórico de 8,75% ao ano que vigorou entre julho de 2009 e abril de 2010, no início da
crise financeira internacional que abalou o país.
Um recuo mais forte da taxa de juros, abaixo de patamares mínimos já registrados (8,75% ao ano), poderia comprometer a chamada "rolagem" da dívida pública, que é a emissão de títulos públicos pelo Tesouro Nacional para pagar os papéis que estão vencendo.
Na poupança, está assegurado o rendimento de 6% ao ano mais Taxa Referencial (TR). A modalidade de investimentos também não tem tributação do Imposto de Renda, diferentemente dos fundos de investimentos, nos quais a alíquota do IR varia de 15% a 22,5%, dependendo do tempo de aplicação.
Sem uma mudança no rendimento fixo da caderneta, essa aplicação acabaria se transformando num piso para as taxas de juros, que não podem recuar abaixo de um determinado patamar, sob o risco de a poupança se tornar bem mais atrativa do que os fundos de renda fixa. Com isso, a população, e até mesmo os grandes aplicadores, poderiam migrar para as cadernetas de poupança e deixaria o Tesouro Nacional com menos compradores dos títulos públicos.
Segundo o ministro Guido Mantega, a mudança na remuneração da poupança foi necessária para adequar o Brasil a uma nova realidade econômica e ajudará na manutenção do crescimento sustentável. Ele destacou que a regra atual criaria um verdadeiro obstáculo para o Banco Central, na continuidade no movimento de redução da taxa básica de juros.

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