Após o anúncio inesperado dos trabalhadores da Fundição Tupy pela greve por melhores condições salariais, o Sindicato dos trabalhadores e o Sindicato patronal, buscaram de uma forma rápida o fim da paralização.Na tarde de hoje, os trabalhadores decidiram aceitar a proposta patronal e colocaram fim na greve. Os trabalhadores queriam 10,5% de aumento salarial, porém a empresa queria pagar apenas 6%, por isso teve início a greve. Depois de grandes negociações, ambas as partes chegaram em um consenso e decidiram ficar com 8% de reajuste. Além disso, a empresa irá pagar
um abono de R$ 500,00. Também será discutido o novo modelo de PPR da Fundição Tupy, que deve ser divulgado no dia 12. A empresa só irá descontar 50% do valor das horas não trabalhadas durante a greve no próximo holerite.
Em torno de 3 mil pessoas participaram do movimento grevista, que durou apenas um dia, mas mobilizou a cidade.
A greve provocou uma grande surpresa para a diretoria da Fundição Tupy, já que não havia nenhum indício de greve. Depois de 16 anos, os trabalhadores da fundição tupy voltaram a entrar em greve pela busca na melhoria salarial. O impasse foi motivado principalmente pelos números expressivos de crescimento da empresa, enquanto a folha salarial estava defasada. O alarde foi grande, com carro de som, manifestação da CUT e tudo mais. A categoria queria além do reajuste salarial, a renovação da convenção coletiva, aumento do prazo de licença maternidade de 4 para 6 meses, auxílio creche, folga coletiva no período de festividades do carnaval, melhoria nas condições do ambiente de trabalho e a distribuição de forma justa do PPR.
Parece que o susto valeu apena, apesar de a maioria das reinvidicações não serem atendidas, a atitude mostrou a força que o poder sindical tem, ainda mais porque Joinville é referência na área industrial. Isso prova que muitos sindicatos não são vendidos e que pressionando, sempre dá pra ter um aumento. É uma pena que os trabalhadores precisam fazer greve para as empresas pensarem um pouco no bem estar dos seus funcionários ...
A categoria mecânica de Joinville e região pegou carona na greve da Tupy e também está em "estado de greve" diante da inércia das negociações salariais com o sindicato patronal. Segundo o presidente do Sindicato, há um movimento patronal para manter índices baixos de aumento salarial. Segundo ele existe um movimento de bastidores que vem desde a Fiesc e passa pela ACIJ, para a manutenção de salários baixos, não negociando acima da inflação, mesmo diante de resultados expressivos de faturamento e de lucro nos anos anteriores.
ResponderExcluirA categoria irá conversar mais uma vez com o sindicato patronal, e diante deste exemplo de surpresa como o da Fundição Tupy, e assembléia geral será realizada no dia 21 de Abril, se até lá não tiver um acordo, mais uma categoria irá entrar em greve ... É a força dos trabalhadores entrando em movimento em Joinville ...
Isso..é triste..pois empresas não olham pro trabalhador, só vizam seu lucro!!
ResponderExcluirE essa licença de 4 meses de maternidade, uma vergonha..não fazem campanhas de amamentação primordial até 6 meses da criança..como?se a mãe tem que voltar a trabalhar..depois de 4 meses..??
ResponderExcluirPorque a lei não é pra todos, acha que alguma empresa vai dar mais 2 meses? claro que não..só os servidores publicos tem esse diretiro garantido..ooo..BRASIL..hein...vergonha!!
Como dizia Jânio Quadros " existem forças ocultas " que parecem fazer de tudo para que a classe trabalhadora continue ganhando pouco, mantendo o arroxo salarial. Não querer estender os benefícios para os seus colaboradores ( como é o caso da licença maternidade de 4 para 6 meses ) mostra a total falta de sensibilidade com os seus funcionários, visando apenas o lucro. Não sou radicalista e nem defendo o comunismo, porém esse capitalismo selvagem, destrói o nosso país ...
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