13 Ministros Ganham Rendimentos Acima Lei

Ministro Celso Amorim é o Campeão
dos Supersalários

A manobra já é comum, e é uma forma de burlar a legislação que impede que servidores públicos ultrapassem o teto salarial de R$ 26.723,15. O famoso " jeitinho brasileiro " vem sendo empregado em 13 dos 38 ministérios do governo federal. Para proporcionar estes supersalários aos integrantes do primeiro escalão da Esplanada dos Ministérios, os ministros fazem parte dos conselhos de administração e fiscal de estatais e empresas públicas.
O campeão é o ministro da Defesa, Celso Amorim, que acumula no seu salário mais R$ 19,4 mil pagos pela sua participação no Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Sendo assim, ao total são R$ 46,1 mil mensais brutos de remuneração. A renda do ministro poderia ser ainda
maior, se não houvesse o abate teto, mecanismo que impede Amorim de acumular na integralidade os seus vencimentos de ministro da Defesa com a aposentadoria do Itamaraty.
Logo depois vem os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, na segunda posição, com renda mensal bruta de R$ 41,5 mil. Ambos são conselheiros da Petrobrás e da BR Distribuidora, com uma renda extra de quase R$ 15 mil mensais.
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) turbina o seu  salário com rendimentos de mais 2 conselhos: na presidencia do Conselho de Administração do BNDES, onde ganha R$ 6 mil mensais brutos, e é integrante também do BNDESPar, recebendo a quantia de R$ 5,3 mil, sendo assim, ele tem ao total rendimentos de R$ 38,1 mil por mês.
Infelizmente é comum ver esses casos, onde servidores ganham acima do que a lei prevê, e acabam com a sensação de justiça. Foi noticiado a alguns meses atrás, magistrados do Rio de Janeiro ganhando também supersalários, que ultrapassavam até R$ 150 mil reais. Foi também divulgado que em dezembro de 2010, um desembargador do RJ recebeu a incrível quantia de R$ 511.739,23. A manobra engorda a folha com inúmeros benefícios, como auxílio-creche, auxílio-saúde, auxílio-locomoção, ajuda de custo, ajuda de custo para transporte e mudança, auxílio-refeição, auxílio-alimentação, parecendo assim até normal e constitucional tal atitude ... Na época, o governo do estado do RJ divulgou que o motivo de tais salários eram a falta de juíses ... Um concurso público não resolveria isso ??? Vergonha Nacional !!!!