Os professores da rede estadual decidiram em assembleia geral, realizada no
CentroSul, em Florianópolis, entrar em greve na próxima segunda-feira. O início da paralização foi anunciada de forma antecipada, pois o Sinte acredita que desta forma consiga pressionar o governo para uma nova proposta sem a necessidade de greve, e se não conseguir até lá, este tempo deve ser responsável para alcançar mais professores para aderirem ao
movimento grevista. O governo do estado revida alegando que irá descontar os dias parados e tomará outras medidas, que serão acertadas com diretores das
escolas, para garantir a normalidade das aulas e impedir que o movimento ganhe força.
O governo oferece como proposta a tabela salarial do magistério, tendo uma descompressão nos holerites, aumentando a diferença
salarial entre os níveis de formação, até dezembro de 2013. A primeira parcela
de reajuste seria repassada em agosto deste ano. Porém os docentes não
concordam, pois querem que o reajuste de 22% dado ao piso nacional do
magistério, seja repassado a todos os professores já neste ano, e
sem parcelamento, como foi sugerido pelo governo. Eles alegam que não podem aguardar até
2013, até porque no próximo ano já haverá um novo aumento do piso.
O Conselho Estadual de Educação critica de forma veemente a paralisação das aulas em Santa Catarina, pois acredita que a lei do Piso Nacional do Magistério vem sendo cumprida em SC. O Conselho acredita que o motivo da greve é de cunho político, não havendo consenso de todos os professores com relação a greve. As negociações já vinham sendo feitas por parte do governo, e o secretário disse para o Sinte que não iria negociar caso haja a greve, como foi no ano passado, pois ele acredita que negociar com os professores na paralização, só serviria para aumentar ainda mais o tempo de greve. Além disso, o governo diz que não tem condições de pagar agora, pois a folha está muito alta, e acredita no bom senso do Sinte para que novamente os pais, alunos e os próprios professores não sejam prejudicados com o início da greve. A notícia da greve vem como uma bomba para o governador Raimundo Colombo, pois vem enfrentando graves problemas como em escolas interditadas pela vigilância sanitária, problemas com os hospitais administrados pelo estado e agora o fato mais recente, a perda de 1 bilhão de reais com a nova padronização a alíquota de ICMS imposto pelo governo federal. Caso inicie a greve, ela acontecerá em menos de 1 ano após a maior
paralisação do magistério catarinense, quando os professores suspenderam as
atividades por 64 dias. Se o governador já chorava pelos cantos devido a perda fiscal gigantesca, imagina agora ....
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