" Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma
montanha " ( Confúcio )

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Artigo de Opinião: As Cotas Aumentam as Distâncias

Desde o ano 2000 fala-se sobre um tema polêmico no Brasil: As cotas nas universidades. O conceito que visa garantir a “igualdade” vem mostrando situações não tão justas. Devemos garantir que as pessoas mais carentes tenham acesso à universidade, porém assim como tudo na vida, deve ser conquistado com méritos. O que parece é que o Brasil não se perdoa pelos fatos históricos que envolveram a exploração dos povos indígenas e da mão de obra escrava, e para pagar essa dívida resolveu ter uma crise moral e ajudar tais grupos segregados.

Grandes líderes foram contra políticas de reparação e exclusão de grupos baseada em critérios raciais, como por exemplo, Nelson Mandela e Martin Luther King. As cotas não representam inclusão, mas a separação de grupos por critérios raciais. Essa prática não representa igualdade, pois
existem outros meios para a inclusão de pobres, como o investimento em capacitação e valorização dos professores, na infraestrutura e uma postura dos governantes de aplicar pelo menos 10% do PIB na educação. É interessante que a USP vem adotando uma política de igualdade diferenciada, onde os alunos cotistas são escolhidos por méritos e não por critérios raciais. Esses alunos tem apresentado baixíssimo índice de evasão, alto rendimento e um maior aproveitamento escolar, todos escolhidos sem distinção racial.

Recentemente vi um documentário onde os estudantes da UNB estavam divididos sobre o tema. Foi montada uma comissão especial para analisar quem era Branco, Negro, Pardo de acordo com as suas características. Somos um país com uma miscigenação de raças, então como definir quem se enquadra no grupo A ou B? O sistema aplicado deveria ser de Cota Social, desta forma,realmente quem tem um poder aquisitivo menor poderia ser contemplado com as vagas atrvés de bolsas-estudo, isso sim é justiça!

Não há diferenças na capacidade intelectual entre brancos e negros, o que existe é uma diferença na qualidade da educação básica. Por isso os nossos governantes devem ter a responsabilidade e a iniciativa em melhorar o ensino público, pois é só investindo na base, que teremos uma melhor estrutura educacional. Essa política de cotas está baseada no princípio de que as pessoas são diferentes não nas condições de acesso, mas em raças ou etnias diferentes. O efeito provocado vem sendo o contrário de que é esperado pelo governo, pois, ao invés de aproximar, elas aumentam ainda mais as distâncias.

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